Os Princípios de Bangalore como Soft Law para a Concepção de uma Normatividade Global de Integridade Judiciária

Paulo de Tarso Duarte Menezes

Resumo

A Carta de Princípios de Bangalore é um documento das Nações Unidas que busca criar um padrão universal de integridade judiciária. Tomando por base tal documento, o presente trabalho pretende examinar a gênese daquela Carta, o conteúdo axiológico ali concebido e, especialmente, responder se uma norma de natureza de soft law foi uma opção correta para atingir o efeito para qual foi criada.

       

Palavras-chave

integridade judiciária; princípios de Bangalore; soft law

Texto completo:

PDF

Referências

ASENSIO, Rafael Jiménez. Imparcialidad judicial: su proyección sobre los deberes (Código de Conducta) y derechos fundamentales del juez. Consejo de la Judicatura Federal.

BOBBIO, Noberto. O positivismo jurídico. Trad. Márcio Pugliesi. [s.l.]: Ícone Editora, 2006. (Lições de Filosofia do Direito).

BOBBIO, Noberto. Teoria da Norma Jurídica. Trad. Fernanco Pavan Baptista; Ariano Bueno Sudatti. São Paulo: Edipro, 2001.

CALAMANDREI, Piero. Problemi generali del diritto e del processo. Roma: Roma Trepress, 2019. (Opere Giuridiche).

CAPPELLETTI, Mauro. Juízes Irresponsáveis? Trad. Carlos Alberto Álvaro de Oliveira. Porto Alegre: Sergio Antonio Fabris Editor, 1989.

COOPER, Jeremy. Formação sobre conduta e ética: uma visão global. Revista do Centro de Estudo Judiciários, v. 1, p. 349--383, 2018.

DEUTSCHE GESELLSCHAFT FÜR INTERNATIONALE ZUSAMMENARBEIT. Impact of the Bangalore Principles.

DI ROBILANT, Anna. Genealogies of soft law. The american journal of comparative law, v. 54, p. 499–554, 2006.

ESCRITÓRIO CONTRA DROGAS E CRIMES. Comentários aos Princípios de Bangalore de Conduta Judicial. Trad. Marlon da Silva Malha; Ariane Emílio Kloth. Disponível em: .

GIARO, Tomasz. Dal soft law moderno al soft law antico. In: SOMMA, Alessandro (Org.). Soft law e hard law nelle società postmoderne. Torino: G. Giappichelli Editore, 2009, p. 83–99.

JAHN, Philipp; JAHN, Lothar; DEPPE, Jens; et al. Grupo de trabajo “Estado de Derecho” y Programa de Anticorrupción e Integridad, División 42. Eschborn: [s.n.], 2013. Disponível em: . Acesso em: 4 jun. 2019.

NEVES, Miguel Santos. Soft law. In: ROSÁRIO, Pedro Trovão do (Org.). Introdução ao direito. Coimbra: Almedina, 2016, p. 251–265.

OGOOLA, James. Applicability of the Bangalore Principles to the Ugandan judiciary as a tool for improving judicial ethics and accountability. Kampala: [s.n.], 2019. Disponível em: . Acesso em: 4 jun. 2019.

ROOS, Stefanie Ricarda; WOISCHNIK, Jan. Código de Ética Judicial: Un estudio de derecho comparado con recomendaciones para los países latinoamericanos. Trad. Gabriel Pérez Barberá. Montevideo: Deeme Producciones Gráficas, 2005. (Programa Estado de Derecho para Sudamérica). Disponível em: . Acesso em: 21 jun. 2019.

SCOTLAND. Statement of Principles of Judicial Ethics for the Scottish Judiciary. Scotland: [s.n.], 2010. Disponível em: . Acesso em: 5 jun. 2019.

SHAFFER, Gregory C.; POLLACK, Mark A. Hard vs. Soft Law : alternatives, complements and antagonists in International Governance. Minnesota Law Review, p. 706–799, 2010.

SHELTON, Dinah L. Soft Law. In: Handbook Of International Law. [s.l.]: Routledge Press, 2008. Disponível em: .

SOUZA, Artur César de. A imparcialidade positiva dos juiz. São Paulo: Almedina, 2018.

UN HUMAN RIGHTS COMMITTEE (HRC). General comment no. 32, Article 14, Right to equality before courts and tribunals and to fair trial. CCPR/C/GC/32. Disponível em: . Acesso em: 15 dez. 2019.

VASCONCELOS, Frederico. Juízes veem censura e autoritarismo em regras do CNJ sobre uso de redes sociais. Folha de São Paulo. Disponível em: . Acesso em: 16 dez. 2019.

VEIGA, Aloysio Corrêa da. Projeto de Resolução - Uso de redes sociais pelos membros do poder judiciário. Brasília: [s.n.], 2019. Disponível em: .

Commentary on the Bangalore principles of judicial conduct. Viena: United Nations, 2007. Disponível em: . Acesso em: 16 dez. 2020.

Compromisso ético dos juízes portugueses: princípios para a qualidade e responsabilidade. Lisboa: [s.n.], 2009. Disponível em: .

Guide to Judicial Conduct. Hong Kong: [s.n.], 2004. Disponível em: .

Hearing on The Report of The Chief Justice of Gibraltar. [s.l.: s.n.], 2009. Disponível em: .

Principles de Déontologie Judiciaire. Ottawa (Ontario): [s.n.], 2004. Disponível em: .

STF nega extradição de empresário turco naturalizado brasileiro Ali Sipahi. Brasília, Brasil: [s.n., s.d.]. Disponível em: . Acesso em: 18 dez. 2019.

Apontamentos

  • Não há apontamentos.